segunda-feira, abril 18, 2011

Texto: Vygostky – Um Século Depois: A Educação Especial na Perspectiva de Vygostky.

Estamos vivendo em uma época onde a psicologia está questionando algumas questões e buscando na teoria de alguns autores argumentos e estudos para que mudanças aconteçam. A educação de crianças deficientes é um desses questionamentos e que encontra em Vygotsky um suporte para a mudança; mudança de questões que foram levantas há um século atrás por ele.


O texto que trabalhamos trata da educação voltada pra crianças com deficiência e a forma como ela acontece acaba não potencializando a criança, pois é uma educação voltada para as diferenças, que não visa uma inclusão e nem visa vencer a dificuldade, e sim, adaptar-se a ela.
Vygotsky lança um olhar crítico sobre essas questões e aborda a forma como essa educação deveria ser elaborada destacando:
٭ O deficiente se desenvolve de uma maneira própria, mas isso não deve ser desmerecedor pois o importante é que ela se desenvolva.
٭ Vygotsky se concentra nas habilidades que essas crianças possuem e não em suas carências.
٭ A importância das interações sociais como forma de desenvolver as características biológicas. “Através da inserção na cultura e da participação no processo de construção histórica, a criança portadora de deficiência assimila as formas sociais de atuação, as internaliza e interage como sujeito histórico”.
٭ Não podemos nos focalizar nos aspectos negativos da doença e de uma forma generalizar sobre ela. Devemos falar sobre “as características positivas que as constituem como pessoa”.
٭ A deficiência tem dupla influência no desenvolvimento. Ao procurar meios de se adaptar, ela estimula o indivíduo ao invés de limitá-lo. “O desenvolvimento encontra vias de realização nas relações sociais”.
٭A escola não deve se adaptar à doença, e sim descobrir meios de superá-la.
Podemos perceber que Vygotsky não apoio uma educação de segregação, onde os diferentes devam ficar isolados pois, em uma visão mais geral, a tendência é acreditar que eles teriam as mesmas dificuldades e por isso se adaptariam mais facilmente a um ambiente de iguais. Vygotsky prega o contrário. As crianças devem se interagir com crianças “normais”; a sociabilidade é uma forma de não se adaptar à deficiência e de desenvolver habilidades diferentes. A escola deve prezar a inserção social e continuar buscando formas de não alienar o doente mental.

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