quinta-feira, abril 28, 2011

Sexualidade! Bicho de sete cabeças ?

 Discutir sobre sexualidade sempre foi considerado pelos pais um algo difícil de realizado um “bicho de sete cabeças”, sobretudo quando os pequenos fazem aquelas perguntas desconcertantes como, por exemplo: a respeito de suas origens, de seus órgãos genitais ou sobre questões que vêem na televisão sobre sexo, de certa forma, atualmente esse tema já faz parte do cotidiano de suas vidas e da sociedade nos tempos atuais. Hoje em dia, ficou mais fácil de falar sobre o assunto. Nos berçários, creches, escolas a socialização começa cedo.

As questões sobre sexo, sexualidade e reprodução humana sempre provocam constrangimentos para os pais, seja por desinformação, por preconceitos, por medos, por princípios filosóficos ou religiosos ou, até mesmo, por simples falta de tempo para conversar com seus filhos. As perguntas das crianças são negligenciadas e as respostas são evasivas do tipo: Agora não, ainda não é hora ou você é muito pequeno para entender.
O trabalho sobre educação sexual com as crianças deveria começar na família e se fundamentar na escola. Para que isso ocorra é necessário uma interação realizar uma parceria com a família, que deve ser informada ou quem sabe até educada para compreender determinadas questões sobre a sexualidade como um impulso presente em todos os estágios do desenvolvimento humano. O docente, para se tornar um “educador sexual”, deve trabalhar interiormente as questões relacionada à sexualidade, livrando-se de preconceitos, superando os tabus. Ser um pesquisador sempre, para ser um bom orientador e formador de opiniões e valores. Sendo assim para a realização de um bom trabalho sobre a temática educação sexual na escola, é importante que toda a equipe pedagógica esteja em sintonia e preparada. 

Segue abaixo matérias, cuja leitura em conjunto de informações importantes e também esclarecedoras. Nestes livros, você encontrará algumas orientações básicas sobre o trabalho de orientação sexual além de diretrizes práticas e funcional para a ação em sala de aula. Desenvolvidos facilitar a abordagem do assunto, de forma simples, objetiva e adequada, com algumas atividades relacionadas com o tema.

Boa leitura.

  •  Descobrindo e Conversando: a criança e a sexualidade para baixar clique aqui.
  • Guia do Professor: para crianças de 0 a 10 anos para baixar clique aqui.
  • De onde viemos para baixar clique aqui.
Projeto
Orientação Sexual 

Faixa etária
4 e 5 anos 

Conteúdo
Identidade e autonomia

Objetivos
- Envolver professores e pais no trabalho de orientação sexual dos estudantes.
- Desenvolver nos alunos o respeito pelo corpo (o próprio e o do outro).
- Refletir sobre diferenças de gênero e relacionamentos.
- Dar informações sobre gravidez, métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
- Conscientizar sobre a importância de uma vida sexual responsável.

Anos
Este projeto pode ser adaptado para todo o Ensino Fundamental.

Desenvolvimento
1ª ETAPA
Preparação da escola e da comunidade:

Capacitação da equipe - Professores e funcionários devem estar preparados para lidar com as manifestações da sexualidade de crianças e jovens. Um curso de capacitação sobre os principais temas (como falar e agir com crianças e adolescentes; prazer e limites; gravidez e aborto; DSTs etc.) é o mais indicado. Além disso, os formadores podem ajudar a identificar os conteúdos das diversas disciplinas que contribuem para um trabalho sistemático sobre o tema.

Envolvimento dos pais - Faça uma reunião com as famílias para apresentar o programa. Aproveite para falar brevemente sobre as principais manifestações da sexualidade na infância e na adolescência.

Formação permanente - Organize um grupo de professores para estudar temas ligados à sexualidade e discutir as experiências em sala de aula.

2ª ETAPA
Da pré-escola , o trabalho em sala de aula exige atenção do professor às atitudes e à curiosidade das crianças, pois são elas que vão dar origem aos debates e às atividades propostos a seguir.

Pré-escola
Diferenças de gênero - Baixar a calça e levantar a saia são sinais de curiosidade. O livro Ceci Tem Pipi?, de Heloisa Jahn e Thierry Lenain, explora as diferenças físicas e comportamentais entre meninos e meninas. Pergunte quem tem pipi. E quem não tem? Tem o quê? Diga que a vagina é o "pipi" das meninas. Estimule o debate sobre o que é ser menino e menina, levantando questões como: uma garota pode subir em árvores? Escreva as respostas no quadro e converse com a turma.

O corpo e o prazer - É normal que os pequenos toquem os genitais para ter prazer e conhecer o próprio corpo. Proponha a descoberta de outras formas de satisfação na escola, como brincar na areia e na terra ou com água. Deixe-os explorar esses elementos no parque e incentive-os a falar sobre o que sentiram e sobre as partes do corpo que dão prazer, inclusive o pênis e a vagina. Diga que é normal tocá-los, mas que essas são partes íntimas e, portanto, não devem ser manipuladas em locais públicos. Finalize lembrando-as das outras maneiras de ter prazer na escola.

Relação sexual - Caso uma criança tenha visto uma cena de sexo na TV, certamente comentará com os colegas. O livro A Mamãe Botou um Ovo, de Babette Cole, relaciona sexo, concepção e nascimento. Todos sabem como nasceram? Levante as dúvidas e comente que sexo é coisa de adultos. Mostre bonecos que tenham pênis e vagina e deixe a garotada explorar as diferenças.

Gravidez - Se alguma professora ou alguém próxima à garotada estiver grávida, certamente a turma ficará curiosa. Fale sobre o desenvolvimento do bebê, desde a concepção até o nascimento (cartazes ajudam muito). Uma música boa para tocar é De Umbigo a Umbiguinho, de Toquinho. Explique o processo físico de evolução, ouça as perguntas e responda-as de forma simples e direta.

Retirado da revista nova escola




 

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